No auge de uma sociedade com traços positivistas e racionalistas, século XX, onde “a descrença em Deus tornou-se relativamente fácil ao menos no mundo ocidental... Deus estava não apenas despedido, mas sob ferrenho ataque” (A Era do capital), eis que a arte se irrompe como um desabafo pessimista da miserável condição do homem. Não mais que reações químicas composta por unidades inanimadas de materia organica, a composição do futuro da humanidade nunca foi das melhores, vista por positivistas ou pessimistas, religiosos ou agnósticos, poetas ou filósofos. A pergunta é: Criadores das linguagens e ciencias, artes e as mais variadas formas de transformação da matéria, a inteligência do ser humano não é capaz de criar um futuro considerável?
A idealização da humanidade futura (Augusto dos Anjos)
Rugia nos meus centros cerebrais
A multidão dos séculos futuros
- Homens que a herança de ímpetos impuros
Tomara etnicamente irracionais!
Não sei que livro, em letras garrafais,Meus olhos liam!
No húmus dos monturos,
Realizavam-se os partos mais obscuros,
Dentre as genealogias animais!
Como quem esmigalha protozoários
Meti todos os dedos mercenários
Na consciência daquela multidão...
E, em vez de achar a luz que os Céus inflama,
Somente achei moléculas de lama
E a mosca alegre da putrefação!
tinha que ser mesmo fã do conterrâneo melancólico hipocondríaco...
ResponderExcluirPonto de vista visceral...
ResponderExcluirOlhos abertos sempre pro que nossa sociedade tah se tornando...
abração meu amigo velho...